Dia: 28 de abril de 2021

Projeto Conhecer para Conservar de Educação Ambiental em São Sebastião

Educação Ambiental: um instrumento de transformação e inclusão dentro das Políticas Públicas Ambientais

Projeto de Educação Ambiental do ICC “Conhecer para Conservar” é aprovado no Conselho Municipal de Meio Ambiente de São Sebastião e fomenta as políticas públicas ambientais no município.

Você que acompanha o ICC, sabe que um dos nossos focos está no desenvolvimento da Educação no entorno da APA Baleia Sahy. Desde antes da fundação do Instituto, seus idealizadores já desenvolviam campanhas de Educação Ambiental por meio de atividades voltadas para os atores do entorno da APA Baleia Sahy.

Com a criação da APA e a institucionalização do ICC – caso não saiba como foi esse início, clique aqui e veja a linha do tempo da APA Baleia Sahy e ICC -, essas ações e movimentos em prol do desenvolvimento sustentável através da educação ambiental no município, começaram a ganhar mais e mais espaço, com parceiros importantes como o Instituto Verdescola e Secretaria de Meio Ambiente de São Sebastião.

Conhecendo as árvores: alunos do Verdescola criam herbário da APA

As atividades promovidas por meio destas parcerias contam com um planejamento desenvolvido anualmente. Toda a metodologia e a base legal das atividades do ICC em educação ambiental consideram os princípios e as premissas da Política Nacional do Meio Ambiente, da Política Nacional de Educação Ambiental, além da Legislação Estadual e Municipal sobre a educação ambiental. O objetivo é que estas atividades se mantenham em consonância às ações e questões ambientais que necessitam de toda a divulgação, conscientização e sensibilização por parte do público-alvo de cada ação.

Considerando nossa experiência e comprometimento com o meio ambiente, a sociedade e a economia local, submetemos o projeto de Educação Ambiental ao Conselho Municipal de Meio Ambiente, dentro das linhas prioritárias do edital de financiamento do Fundo Municipal de Meio Ambiente (FUNDAM) que, por unanimidade, foi aprovado para aplicação no município.

Entenda o Projeto Conhecer para Conservar

O projeto intitulado Conhecer Para Conservar é um projeto de educação ambiental e visitação da Unidade de Conservação APA Baleia Sahy que envolve as escolas da Rede Municipal de Ensino. O objetivo do projeto é fortalecer a Política Municipal de Educação Ambiental por meio de visitação das escolas de São Sebastião à Unidade de Conservação.

professores da rede municipal de ensino visitam a apa baleia sahy - ICC

Professores da Rede Municipal de ensino visitam a APA Baleia Sahy

Com isso, buscamos inserir a APA e todo o seu contexto local como temática de educação no ensino municipal formal, além de contribuir para o desenvolvimento e implantação do Plano de Manejo da APA Baleia Sahy, aprovado em Junho de 2020 (saiba mais clicando aqui).

Ainda temos um longo caminho pela frente antes de iniciar as atividades deste projeto, tanto na criação de parcerias e planejamento como na captação de mais recursos e investimentos para esta proposta. Nós do ICC estamos gratos e felizes com mais este passo rumo à sustentabilidade da nossa região.

Contamos com a sua ajuda para impulsionar este projeto tão importante para o meio ambiente e a educação no município de São Sebastião. Você poderá direcionar o seu imposto de renda para o Fundo Municipal de Meio Ambiente de São Sebastião, mais especificamente para o Projeto Conhecer para Conservar do Instituto Conservação Costeira. Acompanhe nosso site e nossas redes sociais para mais informações!

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Covid-19 - Máscaras descartáveis e seus impactos no Meio Ambiente - ICC

Coronavírus impacta não somente na Saúde, mas também no Meio Ambiente

Descarte inadequado de máscaras geram riscos não somente para a saúde pública, mas também para o meio ambiente. Educação Ambiental e conscientização são as melhores formas de frear este problema.

Dezessete meses passaram desde que a pandemia do Covid-19 tomou conta da nossa rotina e de nossas vidas aqui no Brasil. O que mais temíamos aconteceu, o coronavírus se espalhou, causando muitas mortes e alterações nos costumes rotineiros. Algumas alterações temporárias como o home office para alguns e outras permanentes e para todos, como uso diário e a todo tempo de álcool gel e máscaras. Tudo para diminuir o impacto desta grave doença na nossa população.

A pandemia também tem causado impactos no meio ambiente. Umas as preocupações com o passivo ambiental que a pandemia poderia gerar estava diretamente relacionado ao uso de máscaras e seu descarte inadequado, como já comentamos nessa outra matéria aqui. Este descarte inadequado das máscaras descartáveis poderia gerar não somente a contaminação de mais pessoas com o vírus, mas também causar danos ao meio ambiente. E, infelizmente, a questão relacionada ao meio ambiente também se concretizou.

Com toda certeza, você andando pela rua já observou máscaras de todos os tipos pelo chão dos mais diversos lugares, como praças, estacionamentos, próximos às “bocas de lobo”. E não são apenas nesses lugares que as máscaras vêm sendo encontradas, como podemos ver no artigo publicado recentemente pelo Instituto Argonauta, que mostra que a causa da morte de um pinguim encontrado na Praia de Juquehy foi o consumo de uma máscara.

Necropsia realizada pela equipe do Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS) do Instituto Argonauta localizou uma máscara embrulhada dentro de um Pinguim-de-Magalhães em setembro do ano passado. (Créditos: Divulgação/Instituto Argonauta)

Necropsia realizada pela equipe do Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS) do Instituto Argonauta localizou uma máscara embrulhada dentro de um Pinguim-de-Magalhães em setembro do ano passado. (Créditos: Divulgação/Instituto Argonauta)

Veja a matéria completa neste link: https://institutoargonauta.org/pinguim-e-encontrado-morto-apos-o-feriado-7-de-setembro-e-necropsia-do-instituto-argonauta-revela-mascara-embrulhada-no-estomago-do-animal/

E a análise do ICC nesta outra matéria: https://www.icc.eco.br/caso-pinguim-de-magalhaes-que-morreu-por-ingestao-de-mascara/

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Necropsia realizada pela equipe do Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS) do Instituto Argonauta localizou uma máscara embrulhada dentro de um Pinguim-de-Magalhães em setembro do ano passado. (Créditos: Divulgação/Instituto Argonauta)

O caso do Pinguim-de-Magalhães que morreu por ingestão de máscara de proteção facial

Pesquisadores do Instituto Argonauta publicam artigo na Marine Pollution Bulletin, que integra um Jornal Internacional para Cientistas Ambientais Marinhos, sobre pinguim encontrado morto em Juquehy

Imagem mostra necropsia realizada pela equipe do Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS) do Instituto Argonauta, que localizou uma máscara embrulhada dentro de um Pinguim-de-Magalhães em setembro do ano passado. (Créditos: Divulgação/Instituto Argonauta)

O caso emblemático do Pinguim-de-Magalhães (Spheniscus magellanicus) que engoliu uma máscara de proteção facial percorreu e ainda percorre diversos países do mundo, gerando uma comoção mundial.

Entenda o caso

Um Pinguim-de-Magalhães foi encontrado morto na Praia de Juquehy, em São Sebastião-SP, dois dias após o feriado de 7 de setembro do ano passado (2020). O feriado prolongado atraiu uma grande quantidade de pessoas ao Litoral Norte e, infelizmente, houve registro de acúmulo de lixo em diversas praias nesse curto período.

A necropsia realizada pela equipe Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS) do Instituto Argonauta revelou uma máscara N95 embrulhada em seu estômago.

Após divulgação do caso, diversos veículos de comunicação de diferentes países, como Estônia, Austrália, Suíça, Itália, Inglaterra, Portugal, EUA, Honduras, Nicarágua, Caribe, Espanha, Argentina, México, El Salvador, Porto Rico, Costa Rica, Colômbia, Chile, Peru, Venezuela, Panamá, República Dominicana, Paraguai e Brasil, dentre muitos outros, repercutiram a morte da ave marinha.

Máscara embrulhada no estômago do Pinguim (Créditos: Divulgação/Instituto Argonauta)

Máscara embrulhada no estômago do Pinguim (Créditos: Divulgação/Instituto Argonauta)

Triste e impactante esta imagem, não é mesmo? Infelizmente, todo impacto ambiental está relacionado a um aspecto ambiental gerado por ação humana. Neste caso, o impacto é a morte de um animal da fauna marinha devido ao descarte inadequado de um resíduo (o aspecto ambiental).

Como podemos mudar isso?

Através de intervenções socioeducativas educacionais, como a disseminação de informações corretas sobre descarte das máscaras, sejam reutilizáveis ou descartáveis, para reduzir e remediar questões como essa.

Vá à praia, se estiver permitido em sua cidade, mas tome os devidos cuidados com onde deixa sua máscara, assim como seu lixo em geral. Oriente sua família e as pessoas do seu cotidiano sobre como se comportar em relação a isso. Seja você também um utilizador consciente do meio ambiente. Saiba sempre onde está a sua máscara, pois se ela não estiver em suas mãos ou tiver sido descartada corretamente, ela pode comprometer a vida de muitos animais da nossa fauna marinha.

Acesse o link para ler o artigo na íntegra: https://institutoargonauta.org/pinguim-e-encontrado-morto-apos-o-feriado-7-de-setembro-e-necropsia-do-instituto-argonauta-revela-mascara-embrulhada-no-estomago-do-animal/

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Agenda 2030 - 17 ODS

ODS – Índice de Desenvolvimento Sustentável das Cidades

Foi publicado recentemente a avaliação dos municípios brasileiros em políticas de desenvolvimento sustentável. Veja o ranqueamento do nosso município e o que isso significa.

O Instituto Cidades Sustentáveis divulgou, no dia 23 de março, um índice com a avaliação dos municípios brasileiros em políticas de desenvolvimento sustentável. O Índice de Desenvolvimento Sustentável das Cidades Brasileiras (IDSC-BR) é uma ferramenta para estimular e monitorar o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) em 770 cidades brasileiras.

O estudo é elaborado com base em mais de 80 indicadores, atribuindo para cada município uma pontuação específica por cada um dos objetivos e uma pontuação final de classificação das cidades para o conjunto dos 17 ODS. Vamos relembrar quais são eles?

Objetivos do Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas

A pontuação varia de zero a 100, onde 100 indica um desempenho excelente no cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. O índice apresenta uma avaliação dos progressos e desafios dos municípios brasileiros para o cumprimento da Agenda 2030, uma lista de metas a serem alcançadas até o ano mencionado.

No ranking, São Sebastião obteve o 42º lugar (de um total de 770º), com uma pontuação de 65,13 (de 100). Veja na imagem os pontos fortes e fracos do nosso município.

Ranking São Sebastião (SP) no Índice de Desenvolvimento Sustentável das Cidades Brasileiras (ODS)

Para ver o ranking completo com todas as cidades, clique aqui.

O papel do ICC nas ODS de São Sebastião

Nós do ICC estamos na constante busca por um alinhamento social, econômico e ambiental no nosso município, por meio do fomento das políticas públicas ambientais e sociais. Em 2020, nosso conhecimento sobre este tema foi enriquecido através da capacitação “Territorialização dos ODS” promovida pelo PNUD e pela Petrobras (saiba mais clicando aqui).

Nesta capacitação, foi possível entender como podemos desenvolver, propor e fomentar políticas que estejam de acordo com as metas e indicadores dos ODS. Este conhecimento será compartilhado aqui como vocês para que entendam quais são os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, o que é a agenda 2030 e como podemos todos contribuir para as metas.

Para começar, compartilhamos um vídeo que explica um pouco sobre o que são as ODSs e a Agenda 2030, clique para assistir:

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Micro zoneamento do Portinho na Barra do Sahy - ICC

Demandas socioambientais da APA Baleia Sahy

ICC protocolou na Secretaria de Meio Ambiente documento solicitando providências quanto ao ordenamento, melhoria e controle de acesso no Portinho da Barra do Sahy.

No dia 12 de abril de 2021, o ICC protocolou na Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SEMAM), aos cuidados do Secretário da pasta, o Ofício nº 06/2021 com a pauta: “Providências quanto ao ordenamento, melhoria e controle de acesso no Portinho da Barra do Sahy”.

Demanda esta que, há algum tempo, já é reivindicada pelos atores e moradores do local. Sendo a área a porta de entrada da Unidade de Conservação Municipal APA Baleia Sahy, cogerida pelo ICC, mais uma vez fizemos esta interposição em benefício do coletivo. No ofício, retomamos as seguintes questões e principais queixas do atores locais:

  • • Ausência de espaço para pescadores e barqueiros, e necessidade de eventual divisão de espaço para ambas as atividades;
  • • Congelamento da área e do número de usuários, haja vista a capacidade máxima já existente;
  • • Estudos hidrológicos e projeto de engenharia que possibilite o desassoreamento do rio de forma constante e técnica para melhoria da navegabilidade;
  • • Análise fundiária local, haja vista tratar-se de área da União Federal “acrescidos de marinha” por sofrer influência direta do oceano no Rio Sahy;
  • • Retomada de áreas irregularmente ocupadas por particulares em prol da comunidade local; construção de espaço público para visitação da Unidade de Conservação APA Baleia Sahy, espaço que será compartilhado com artesãos, barqueiros, pescadores e comunidade para exercício de ações ambientais;
  • • Projeto de comunicação visual para o local;
  • • Construção de decks e atracadores para facilitar a logística de passeios e pesca.

Em resposta ao ofício, o Secretário de Meio Ambiente informou que seria feita no local uma vistoria por ele e toda a equipe diretora do Departamento de Pesca da Secretária de Meio Ambiente, para uma conversa com os atores locais e melhor entendimento e atendimento das demandas solicitadas.

Seguimos com o propósito e missão de levar as demandas da comunidade local para os órgãos públicos municipais, impulsionando decisões para as questões referentes à APA Baleia Sahy e seu entorno.

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